Juros e inflação elevados potencializam o desarranjo na cadeia de suprimentos
(Arte: TUTU)
Em abril, o Índice de Expansão do Comércio (IEC) – indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) – apresentou altas de 3,5%, em relação a março, e de 32,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A maior propensão do empresariado em realizar novos investimentos, apesar do cenário de incertezas na economia, está relacionado à melhora nos estoques. Além disso, o início do segundo trimestre do ano – período que, historicamente, registra mais vendas em comparação aos primeiros meses do ano – também contribuiu para o avanço mensal. O IEC saiu de 108,3 pontos, em março, para 112,1, em abril.
Os subíndices que compõem o indicador e medem as Expectativas para Contratação de Funcionários e o Nível de Investimento das Empresas registraram altas de 2% (126,1 pontos) e 5,4% (98,1 pontos), respectivamente. No comparativo anual, os dois quesitos também obtiveram crescimento: 18,7% e 55,7%.
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A confiança dos empresários, por outro lado, se manteve praticamente igual ao observado no mês anterior, com uma melhora tímida na percepção dos gestores. O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC) subiu 0,4%, passando para 114,9 pontos. Os resultados são consequências de juros e inflação elevados e recuperação lenta do mercado de trabalho, somados aos efeitos da guerra na Ucrânia e o recente lockdown na China, que potencializa o desarranjo na cadeia de suprimentos e eleva o risco de aumento dos preços.
A economia fragilizada e o aumento das incertezas mantêm os gestores preocupados quanto aos negócios. No quarto mês do ano, o ICAEC, subíndice que avalia as condições atuais do comércio, registrou queda de 0,1% e regrediu para os 96,2 pontos. O IEEC, que mede a expectativa dos gestores, caiu 0,2%, chegando aos 145,8 pontos. Já o IIEC, que avalia as expectativas de investimento, subiu 1,8%, avançando para 102,6 pontos. Na base de comparação anual, os três quesitos registraram altas: o primeiro, de 57,9%; o segundo, de 16,2%; e o terceiro, de 24,3%.
Por fim, o Índice de Estoques (IE) subiu 1,5%. O indicador está nos 120,1 pontos. Em relação a abril do ano passado, houve avanço de 19,3%. A proporção dos empresários que consideram adequada a situação dos estoques subiu 0,8%, passando para 59,4% na comparação mensal. O número de daqueles que relatam situação inadequada acima do desejado (ou seja, acreditam que há excesso de mercadoria) subiu 0,5%, chegando a 27,9%.
Já a porcentagem dos empresários que consideram os estoques abaixo do desejado (avaliam que faltam itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo) registrou queda de 1,5%, terminando o mês em 11,6%. A proporção dos empresários que relatam que seus estoques estão adequados segue maior: 59,4%, contra 39,5% dos que constatam o contrário.
De maneira geral, a adequação dos estoques melhorou na passagem de março para abril. As liquidações, que reduzem os estoques de produtos que não estão com boa performance nas vendas, comuns nos primeiros trimestres, desempenharam papel importante no resultado.
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Fonte Oficial: FecomercioSP