Orientações são para uma administração bem-sucedida, não somente em períodos de crise
(Arte: TUTU)
A administração do caixa da empresa está ainda mais difícil neste ano em razão da imprevisibilidade na economia decorrente da pandemia de covid-19 e do fim da carência dos empréstimos contraídos ao longo do ano passado – de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), etc.
Assim, na tentativa de auxiliar os micros e os pequenos empresários com dificuldades financeiras e com restrições de atendimento presencial nos estabelecimentos, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) preparou algumas dicas simples de como gerenciar as finanças da empresa nesse início de 2021.
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Nunca misturar as contas e patrimônio pessoais com os da empresa
Dica essencial para uma administração bem-sucedida, não somente em períodos de crise, mas que deve ser praticada sempre. Além de influenciar negativamente os resultados da empresa, a não separação das contas pessoais indica uma má gestão financeira e afeta a confiabilidade das informações prestadas. Esses fatores podem prejudicar a empresa em uma solicitação de empréstimo, por exemplo.
Faça projeções e planeje-se para diferentes cenários
Por causa do cenário em situação de pandemia, faça projeções e defina ações para pelo menos três cenários diferentes: otimista, realista e pessimista. Considere fatores como vacinação, reabertura definitiva das atividades, ambiente econômico e político, entre outros que afetem a operação da empresa.
Gestão de custos e estoques
Muitos já fizeram essa lição de casa no ano passado, mas essa é uma tarefa ininterrupta. Ter um quadro completo sobre os custos – aluguel, energia elétrica, segurança, limpeza, funcionários, etc. – vai te ajudar a identificar desperdícios e possíveis fontes de economia. A formação dos estoques também é fundamental para que se evite perdas e comprometimento do capital financeiro. Não deixe de ouvir seus funcionários/vendedores sobre as preferências recentes dos consumidores.
Reforce o caixa
Parece uma dica óbvia, mas para as empresas com dinheiro em caixa, mantenha o capital investido em ativos líquidos. Para os que já possuíam empréstimos, é o momento de aproveitar as taxas de juros mais baixas para renegociar, alongar o prazo de pagamento ou conseguir um capital novo. Esteja sempre atento às taxas cobradas e se o fluxo de caixa da empresa comporta a prestação. Algumas linhas de crédito emergencial criadas pelo governo foram encerradas em 31 de dezembro, mas é importante ficar atento a novas medidas de resgate às empresas.
Tenha controle sobre o fluxo de caixa
Seguindo as dicas anteriores, você terá maior facilidade em montar o seu fluxo de caixa, considerando os diferentes cenários traçados. Ter uma visão completa sobre as receitas, as despesas e as custos da empresa, sabendo o custo mínimo para manter-se funcionando vai facilitar a tomada de decisão. A FecomercioSP disponibiliza uma planilha modelo de fluxo de caixa que pode ajudar. Basta preencher o formulário no fim da matéria.
Busque novas fontes de receita
A criatividade e a inovação foram as chaves para a sobrevivência das empresas que buscaram outras formas de conseguir receita. O comércio eletrônico, as vendas pelas redes sociais, os serviços de delivery e o modelo “compre e retire” são os mais conhecidos, mas alguns empresários foram além e os exemplos são variados. Teve loja de roupas que disponibilizou malas com roupas para as clientes levarem para casa e provarem as peças com tranquilidade, hostel utilizando o espaço em que ficava o bar para vender açaí e outras frutas, bares e restaurantes emitindo vale-compra com desconto para consumo futuro, entre outros.
Faça uma renegociação com os inadimplentes
Se a sua empresa concede crédito ao consumidor ou vende fiado, busque os clientes inadimplentes e renegocie os termos da dívida. Neste momento de crise, ser flexível na negociação e fazer algum tipo de concessão pode beneficiar os dois lados.
Fonte Oficial: FecomercioSP