Transparência com toda a equipe e com os fornecedores também é apontada pelas especialistas
(Arte: TUTU)
Mudança foi uma das palavras-chaves para o ano de 2020 e as lições aprendidas no período foram debatidas no primeiro webinário da série Mulheres Empreendedoras, nesta quinta-feira (4), “Empreender para mudar/ Mudar para empreender”, organizado pela FecomercioSP.
No encontro mediado pela jornalista Juliana Rangel, Jandaraci Araújo, co-founder das Conselheiras 101 e executiva do mercado financeiro, destaca a experiência passada como base para este novo ano. “O primeiro aprendizado é que sabemos como criar alternativas para essa situação. Temos na digitalização e na reinvenção um caminho. Sem romantizar, mas vimos que muitos negócios se reinventaram para poderem continuar atuando no período pandêmico”, diz.
Março será o mês das mulheres empreendedoras na FecomercioSP; participe!
Como a segunda onda da pandemia de covid-19 impacta todo o País, tanto que recentemente o Estado de São Paulo decretou Fase Vermelha por duas semanas. Outro ponto importante apontado por Jandaraci está na transparência que o empresário deve ter com toda a equipe e com os fornecedores.
“Ano passado existiu uma linha de crédito específica para folha salarial e embasamento legal para fazer redução de carga horária e ajuste salarial. Esses benefícios se encerraram no final do ano e o empregador também está passando por momentos difíceis. Então, busquem parcerias e saibam que o funcionário pode ser seu principal parceiro. Tenha uma conversa franca com a equipe porque, até o momento, não existe nada estruturado em âmbito federal, como na primeira onda”, enfatiza ela.
Essas questões, aliás, fazem parte da lista de pleitos da FecomercioSP, conforme explica Ana Paula Locoselli, advogada e consultora da Entidade. “Somos uma rede de apoio que faz a interlocução das dificuldades dos empresários com o setor público. Sugerimos ao governo a retomada da possibilidade da redução da jornada de trabalho e a suspensão do contrato de trabalho. Além disso, estamos trabalhando para que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) postergue a carência de pagamento dada inicialmente, pois o prazo de oito meses acabou no começo deste ano e os empresários estão sem faturamento e com muitas dívidas a serem pagas”, afirma Ana Paula.
Ter uma rede de apoio foi o que manteve aberta a empresa de Viviane Duarte, jornalista, empreendedora social e CEO da consultoria de gênero e diversidade @PlanoFeminino e @InstitutoPlanodeMenina. “O que mais mexeu comigo nessa pandemia e me fez reinventar foi a saúde mental que, muitas vezes, menosprezamos nos negócios. Eu me vi muito vulnerável, e o que me salvou foi ter uma rede de apoio muito forte de mulheres empreendedoras, executivas clientes que me ajudaram a ter um tempo para repensar os modelos de negócio e adaptar a empresa para o digital. O que fica de aprendizado é o quanto é importante nossas relações interpessoais para além da nossa criatividade. Minha dica para as empreendedoras é ter cúmplices nos nossos planos. A gente se sente sozinho para empreender, mas é preciso sempre ter uma rede forte”, conta ela.
Auxílio ao empresário
O acesso ao crédito é uma das bandeiras da FecomercioSP que atuou com a Desenvolve SP na criação de uma linha de crédito menos burocrática para os microempresários. Essa linha está ativa e pode ser solicitada por meio da Federação.
Em outro pedido, a Entidade pede a manutenção dos benefícios do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em São Paulo e, inclusive, tem reforçado como o aumento do imposto prejudica empreendedores e consumidores.
Fonte Oficial: FecomercioSP