A FecomercioSP tem orientado os empresários do setor desde o início da pandemia acerca dos protocolos de sanitário e de higiene, pois o cumprimento destes procedimentos aumenta a segurança do viajante
(Arte: TUTU)
Viajar continua nos planos dos latino-americanos, aponta a segunda edição da pesquisa O Novo Viajante, realizada pela Interamerican Network e pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A sondagem, feita com 833 respondentes do Brasil, do México, da Colômbia, do Chile, da Argentina e do Peru, indica que, com a pandemia de covid-19, 47% deles desejam viajar dentro do próprio país; na sequência, vêm Europa (21,61%) e destinos na América do Sul (7,32%).
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Na análise específica do Brasil, os interessados em viajar pelo País é maioria (51%), seguido de Europa (23%) e destinos na América do Sul (9,33%). Tal índice tem relação com a restrição de entrada de brasileiros nos Estados Unidos e na Europa, ressaltando que, tanto no Brasil quanto nos demais países que integram a pesquisa, deve haver investimentos para atrair esse público disposto a conhecer lugares no território onde vivem.
No País, os empresários podem incentivar a descoberta de novos destinos e atrações do verão em suas peças de publicidade, ajudando na recuperação do turismo nacional. O principal perfil de destino dos brasileiros é o de praia, conforme responderam 35% dos entrevistados, mais do que o dobro das segundas opções mais escolhidas, tecnicamente empatadas: turismo cultural, com 16,62%, e ecoturismo, com 16,03%.
Várias pesquisas divulgadas ao longo da pandemia, pelos sites de buscas de passagens e de agências de viagens, destacaram que o Nordeste é o destino mais procurado. São inúmeras as opções de praias, desde as mais isoladas no litoral sul baiano até as que ficam localizadas nas capitais, como Maceió.
Preocupação do viajante
“Independentemente do local a ser visitado, e dos 34% dos entrevistados que se sentem seguros para viajar novamente ainda em 2020, a maior preocupação dos brasileiros continua sendo com lugares que adotaram políticas de segurança sanitária, de saúde e de higienização (27%) e lugares sem aglomeração (27%), além de flexibilidade caso a pessoa decida alterar os planos e retornar para casa antes do tempo previsto (21,12%).”, comenta Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican Network, que aplicou a pesquisa nos seis países. Nos outros países da América Latina, os itens apresentam algumas oscilações para mais ou para menos na comparação com o Brasil, mas a lista segue a mesma ordem.
A FecomercioSP tem orientado os empresários do setor desde o início da pandemia acerca dos protocolos de sanitário e de higiene, pois o cumprimento destes procedimentos aumenta a segurança do viajante e contribui para a saúde de toda a sociedade. Ao adotar estas ações, os estabelecimentos podem ainda conquistar a confiança dos outros 10% dos respondentes que decidiram priorizar destinos com atendimento de hospital e/ou emergência, por causa do medo de contágio.
Além das questões que envolvem saúde, a pandemia também afetou a renda e o lado financeiro das famílias, por isso, o preço da viagem é a quarta maior preocupação, com 16%.
Tempo de programação e companhia
As viagens estão sendo programadas, em sua maioria, com seis meses ou mais de antecedência (29%), enquanto 22% precisam de três meses para se programarem, ao passo que 37% decidem todos os preparativos entre um e dois meses.
Sobre a companhia nas viagens – um novo dado agregado a esta segunda edição da pesquisa –, a família, com 44%, é a preferida, seguida pelo par romântico (30%), por amigos (15%) e sozinho (10%).
Comunicação
Em posse destes dados, os empresários devem se preparar levando em consideração outro ponto da pesquisa sobre quem mais inspira o viajante a escolher o próximo destino de viagem.
Neste quesito, a busca na internet é responsável por inspirar 27% dos turistas na escolha do próximo destino. Na sequência, vêm a recomendação de amigos (21%), o Instagram (15%) e as dicas de influenciados ou blogs de viagem (13%).
Ao unir as preocupações dos viajantes brasileiros com os canais mais usados para pesquisar e escolher destinos, é importante que as agências se comuniquem com os consumidores e mostrem a importância do seu serviço, pois é possível oferecer hotéis, transportes e seguro-viagem, reduzindo as chances de surgir problemas.
Para a presidente do Conselho de Turismo, há duas grandes prioridades para os empresários: “Em relação aos protocolos de segurança, a recomendação é que eles sejam efetivamente incluídos em seu planejamento financeiro e estratégico até, ao menos, o final de 2021. Isso implica na revisão de custos e adequação das tarifas. E a comunicação deverá ser reforçada de modo a atingir públicos de diferentes segmentos mas que residam em um raio de até 300 km ou três horas de viagem, por diferentes meios de transporte. Em síntese – comunique-se assertivamente sobre os padrões de segurança de seu estabelecimento, seu produto e seu destino – os resultados poderão ser mais duradouros.”
Veja alguns dados da pesquisa a seguir
Preencha o formulário abaixo e acesse a pesquisa completa
Fonte Oficial: FecomercioSP