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Eletrodomésticos e eletrônicos lideram intenção de gastos do brasileiro no pós-pandemia – FecomercioSP

Ao adquirir um produto, o consumidor observa primeiro a qualidade; em segundo lugar, vem o preço e, depois, o prazo de entrega
(Arte: TUTU)

O cenário de incertezas marcado pelo desemprego e a falta de previsibilidade da economia brasileira leva os consumidores a pensarem muito bem antes de gastar. Essa sensação é refletida na sondagem feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) na qual 66% dos entrevistados dizem não ter planos de compras assim que a pandemia de covid-19 acabar. Apesar disso, os outros 34% planejam fazer compras no pós-pandemia, e é nesse público que o pequeno empresário deve focar nesse momento.

Na sondagem, que ouviu 400 pessoas na segunda quinzena de setembro, eletrodomésticos e eletrônicos (37%) formam o grupo de maior interesse dos consumidores. Em seguida, está o setor de vestuário e calçados (33%) e materiais de construção (21%).

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Viagens no pós-pandemia

O turismo é o quarto item da lista com o qual os consumidores pretendem gastar, com 21%. No entanto, é grande ainda o receio do consumidor em fazer viagens, conforme mostra a pesquisa quando perguntado especificamente sobre a intenção de viajar. A maioria, 35%, responderam que não pretendem viajar e isso pode ter duas explicações: a falta de renda e/ou o receio de contaminação pelo novo coronavírus no destino.

Entretanto, 26% dos entrevistados estão dispostos a viajar no prazo de até seis meses pós-pandemia, enquanto que 21% diz que esse prazo será de seis meses a um ano e para 18% vai demorar mais de um ano para voltar a viajar.

Padrão de consumo na pandemia

A sondagem também retrata o comportamento do consumidor na pandemia. No resultado geral, cerca de sete a cada dez entrevistados, ou 72%, disseram que mudaram o padrão de consumo durante a pandemia. A redução da renda foi o motivo principal (54%) para as alterações e, mesmo àqueles que responderam que o nível de renda permaneceu o mesmo (40%), fizeram mudanças na rotina caseira.

Os principais cortes de gastos das famílias se concentraram nos setores de vestuário e calçados (42%), turismo (30%) e atividade física (27%). Há outro porcentual maior, de 34%, referente a outros cortes de gastos, mas que é a soma de vários itens de baixa relevância. Nos cortes, o que mais chama a atenção é o porcentual de 22% que disse ter cortado bens essenciais como alimentos e remédios.

E-commerce

No isolamento social, a necessidade de ficar mais tempo em casa fez com que 46% dos entrevistados aumentasse em alguma proporção as compras pela internet ou pedidos por aplicativos. Para 24%, o aumento foi pouco, porém, para 22% houve muito mais procura pelo e-commerce. Já um a cada quatro entrevistados não realizou nenhuma compra online durante a pandemia.

Os empresários que expandiram os negócios para as vendas pela internet durante a pandemia, devem ficar atentos de agora em diante porque a maioria dos entrevistados, 47%, responderam que o nível de consumo pelo e-commerce no pós-pandemia será similar ao nível anterior ao da crise.

Para 32% dos entrevistados, o ritmo de compras online será menos intenso e para 22% será mais intenso. A soma dos níveis igual ou menor, o percentual será de 78%, o que sugere que os varejistas não criem expectativas elevadas no comércio online no pós-pandemia, já que esse canal deve servir como suporte às lojas físicas que absorverão a maior parte da demanda.

Os dados também indicam que o setor de serviços tende a sair melhor no pós-pandemia com a digitalização dos negócios. Isso porque a prática mais frequente durante a pandemia foi o pedido de comida por aplicativo (56%), seguido de educação a distância (37%). No comércio, o destaque foi o grupo de produtos essenciais (alimentos e remédios) com 35%. Outras práticas adotadas foram a compra de eletrodomésticos e eletrônicos (25%) e itens de construção e decoração (14%), ambas de forma online.

Itens analisados pelo consumidor

Quando o consumidor vai adquirir um produto, o primeiro item mais importante para ele é a qualidade, com 40%. Em segundo lugar, vem o preço com 34% e o prazo de entrega, em terceiro, com 26%. Especificamente na compra online, o ponto principal de escolha dos consumidores (45%) é em relação ao preço do que com o prazo de entrega, e, para 15%, o mais importante é o prazo de entrega do que o preço (produto mais frete). Já 38% dos entrevistados disseram que preferem retirar na loja física.

Preparo

É fundamental que as empresas se preparem, desde já, para atender às recém-adquiridas preferências do consumidor, reavaliando ofertas e canais de venda. Nesse sentido, a FecomercioSP selecionou, no e-book A pandemia e o futuro: perspectivas setoriais pós-coronavírus, uma série de considerações a respeito de oito ramos de atividade. Cadastre-se aqui para ter acesso ao livro digital.

 

Fonte Oficial: FecomercioSP

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