Num dia marcado por tensões políticas no Congresso brasileiro e pela expectativa com as eleições presidenciais nos Estados Unidos, o dólar aproximou-se de R$ 5,70 e fechou no maior valor em cinco meses. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (27) vendido a R$ 5,682, com alta de R$ 0,07 (+1,25%).
A cotação está no nível mais alto desde 20 de março, quando havia fechado em R$ 5,69. O dólar chegou a abrir em baixa, mas reverteu o movimento ainda nos primeiros minutos de negociação e passou a subir. A alta durante a tarde, depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, cancelou a sessão de hoje por falta de acordo na Comissão Mista de Orçamento, que podem atrasar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária de 2021.
Além das tensões internas, o dólar foi pressionado por fatores externos. A proximidade das eleições norte-americanas, daqui a uma semana, aumentou a incerteza nos mercados internacionais em relação a um acordo sobre um novo pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos, que ficou para depois das votações.
A segunda onda de casos de covid-19 na Europa e o aumento do número de novos casos nos Estados Unidos também influenciaram o mercado externo. Com regiões norte-americanas discutindo o endurecimento das restrições sociais e vários países da Europa adotando medidas de toque de recolher, a expectativa de recuperação da economia global está deteriorada.
Bolsa
No mercado de ações, o dia foi marcado por perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta terça aos 99.618 pontos, com recuo de 1,38%. Pela primeira vez desde 19 de outubro, o indicador encerrou abaixo da marca de 100 mil pontos.
O Ibovespa chegou a operar em alta na primeira meia-hora de negociação, mas caiu no restante da sessão. Depois do cancelamento das sessões na Câmara, o índice passou a operar abaixo dos 100 mil pontos, até encerrar próxima da mínima do dia.
* Com informações da Reuters
Fonte Oficial: Agência Brasil.