Referência para os negócios é o IPCA, explica o economista
(Arte/Tutu)
Em julho, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indicador oficial de inflação do País – apontava alta, no acumulado em 12 meses, de 2,31%, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), bastante utilizada em contratos, somava, no mesmo período, 9,27%. Diante desses números, o empreendedor pode se perguntar como gerir os negócios levando em conta altas de preços tão discrepantes.
De acordo com Heron do Carmo, economista e membro do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), nessa situação, “a referência é o IPCA”.
“O que interessa a ele [empreendedor] é a avaliação dos índices de preços ao consumidor, porque isso é uma referência de recomposição de salário mais adiante, de poder aquisitivo do consumidor”, sintetiza, em entrevista ao podcast da FecomercioSP.
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O economista explica que o IGP-M é composto por três índices, dos quais um deles sofre forte influência do câmbio, de modo que eleva a inflação calculada pelo indicador.
Ele também salienta que esse índice é muito utilizada em contratos, como os de aluguel, por estar disponível pouco antes do fim de cada mês. Contudo, nas atuais condições econômicas, o indicador, por apontar inflação elevada, pode prejudicar o inquilino que precisa renovar o contrato do seu ponto comercial.
“Numa crise como a que estamos vivendo, é importante que as duas partes conversem, porque não interessa deixar o imóvel vazio”, indica. “Deve prevalecer a livre negociação”, afirma.
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Fonte Oficial: FecomercioSP