Classificação do nível de risco pelos bancos agravou crise financeira em muitos negócios
(Arte: TUTU)
Em ofício ao secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, a FecomercioSP solicita ao órgão o aumento dos recursos destinados ao Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Banco do Brasil, essencial para que as empresas beneficiadas por programas de crédito permaneçam operantes no pós-pandemia. Essa medida também é importante para minimizar os efeitos negativos na economia em razão do fechamento de empresas, principalmente dos setores de comércio e serviços.
Dados os êxitos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), a Federação considera que esses canais de liberação de recursos se tornaram de suma importância para reforçar a irrigação do crédito. Entretanto, o valor disponibilizado, até o momento, ainda não é suficiente para garantir que as companhias mantenham minimamente as operações – ante os mais agudos impactos da atual pandemia.
Por meio desses dois programas, foram disponibilizados R$ 15,9 bilhões ao FGO do Banco do Brasil (via Pronampe) e R$ 20 bilhões ao Fundo Garantidor de investimentos (FGI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – via Peac.
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Desde março, a Entidade vem solicitando ao governo federal mecanismos de garantia aos empréstimos do setor privado, com fundos que poderiam ser utilizados em caso de inadimplência dos tomadores, garantindo saúde aos balanços das instituições bancárias comerciais. Desde então, a FecomercioSP vem reforçando, a diversos órgãos públicos, a importância de que mais recursos com garantia do FGO sejam disponibilizados, crédito que tem se mostrado tão essencial nestes últimos meses.
Análise da crise de crédito
No ofício, a FecomercioSP reitera que a pandemia tem possibilitado uma análise da capacidade dos mecanismos de concessão de crédito a micros, pequenas e médias empresas no Brasil.
Desde o início da crise, a Federação defende que não há um problema de liquidez no Sistema Financeiro Nacional, tendo em vista a velocidade das medidas implementadas pelo Banco Central em prol da situação financeira das empresas; há, de fato, uma deficiência latente que impede que os recursos cheguem com efetividade e celeridade ao empresário, principalmente aos donos de estabelecimentos de pequeno porte.
Esse cenário de crise foi agravado devido ao nível de risco no qual os bancos comerciais estavam classificando as empresas que teriam dificuldade de honrar compromissos, negócios que ficaram impedidos de desempenhar as atividades de forma plena durante várias semanas.
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Fonte Oficial: FecomercioSP