O fechamento de empresas também vai afetar na queda do número de pessoal ocupado
(Arte: TUTU)
Mesmo com a diferença positiva do auxílio emergencial no varejo, muitas empresas fecharam as portas durante a pandemia por causa da forte e abrupta queda nas vendas, ao passo que outras ainda enfrentam dificuldades para recompor o faturamento. Por isso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) calcula que mais de 202 mil empresas encerrem as atividades em 2020, das quais a maioria (197 mil) é de pequeno porte.
O estudo da Entidade ainda prevê que quase 97% desse total de estabelecimentos não irão mais abrir as portas, pelo menos não com os atuais proprietários.
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Na projeção, segmentada por porte dos estabelecimentos varejistas, mostra que as empresas terão queda na receita de vendas de R$ 141 bilhões. Desse montante, a redução de R$ 48,8 bilhões na receita de vendas partirão das micros, pequenas e médias empresas (MPEs), aquelas com até 19 funcionários.
Para a FecomercioSP, os números mostram um cenário grave, considerando que, na recessão de 2015-2016 – a maior crise, até então, vivida pelo varejo – foram fechadas cerca de 100 mil empresas no período de dois anos.
Pessoal ocupado
Como consequência dos expressivos números de estabelecimentos fechados na crise, a queda no número de colaboradores em atividade deve alcançar quase 980 mil pessoas, das quais cerca de 590 mil estão ligadas a estabelecimentos de pequeno porte.
Os dados sobre números de empresas e de pessoal ocupado foram calculados com base na Pesquisa Anual do Comércio do IBGE, de 2018, encadeadas com informações mensais da Pnad/IBGE mais recentes. O cenário de normalidade para o número de empresas é a estrutura existente em 2018, pelos dados do Caged.
Tanto os números de empresas que devem ser fechadas como os de pessoal ocupado impactam diretamente nas expectativas de uma reversão no curto prazo, dadas as circunstâncias negativas em vigor, em especial sobre a renda e o emprego.
Fonte Oficial: FecomercioSP