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Boas práticas e ações sociais evidenciam valores de empresas na pandemia – FecomercioSP

Consumidores e funcionários satisfeitos: o segredo de empresas que conseguiram se sobressair na crise (Arte: TUTU)

Desde o início, a pandemia causada pelo covid-19 está afetando empresas de diversos setores, e muitas precisaram até suspender as atividades, respeitando decretos municipais e estaduais, como aconteceu com o comércio presencial.

Entretanto, mesmo que o País esteja enfrentando uma das maiores crises econômicas e sanitárias da história, empresas têm buscado maneiras de ajudar no combate à doença.

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Ainda que a prática de ações sociais não seja tão recorrente ou reconhecida no Brasil, como em outras nações, ela existe. E, de acordo com a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), para que ela cresça é preciso que se enalteça o que já é realizado, estimulando assim os outros a fazerem o mesmo por meio do reconhecimento social. Empresas devem incorporar valores que demonstrem a sua participação direta na formação social, seja de um bairro, seja de uma cidade, seja de um país. Além disso, investir nos próprios valores já é considerada uma maneira relevante de contribuir.

Uma das principais empresas de produtos de limpeza e higiene, a Ypê anunciou a doação de mais de 20 toneladas de sabão em barra para os caminhoneiros responsáveis pela distribuição dos produtos da marca, oferecendo também alimentação e álcool em gel – de fabricação própria, item que também foi doado a hospitais do interior da capital paulista. “Diante do cenário da pandemia, por sermos uma grande fabricante de produtos de limpeza e higiene, sentimos que tínhamos um papel social especial a desempenhar. Por isso, foram abertas algumas novas frentes de trabalho: uma delas foi focar todos os esforços para manter o abastecimento do mercado, de forma que os produtos essenciais estivessem disponíveis ao cliente. A outra foi, em menos de 72 horas, mudar uma linha de produção em nossa matriz para fabricar álcool em gel, um produto que estava em falta no Brasil e que não fazia parte do nosso portfólio”, explica o diretor de marketing e sustentabilidade da Ypê, César Nicolau.

Vale ressaltar também, que a empresa criou campanhas preventivas e de precaução. “Direcionamos o foco da comunicação para campanhas educativas com o objetivo de levar informação às pessoas, com dicas de como limpar e fazer a higiene dos ambientes, utilizando corretamente os produtos para preservar o bem-estar das famílias brasileiras”, acrescenta Nicolau.

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A Ingredion, empresa líder em soluções em ingredientes de origem natural, também adotou boas práticas neste período de pandemia, começando por doações no entorno de suas fábricas – uma delas, em São Paulo. “Enxergamos a oportunidade de apoiar a sociedade por meio de doações às comunidades e às instituições no entorno de nossas fábricas. Para isso, nós nos engajamos em ação do Mesa Brasil Sesc e doamos 697 cestas básicas e 460 quilos de amido. No total, foram doados quase 22 mil quilos de alimentos, que estão beneficiando mais de 70 mil pessoas”, conta o diretor de recursos humanos para operações da América do Sul, Santiago Bellotti.

Em meio ao caos, muitos empresários precisaram se adaptar, migrando para o mundo digital, reformulando sua forma de trabalhar para manter o seu negócio funcionando e garantindo atendimento ao público, que está cada vez mais atento ao que a empresa faz e representa na sociedade. Deste modo, muitas organizações têm prestado conta sobre o que vêm fazendo neste período e até estudando maneiras de adotar ações sociais permanentemente daqui em diante.

Para a assessoria da FecomercioSP, o momento é delicado para todos, tanto para filantropos quanto para aqueles menos engajados, mas contribuir, no que puder, para melhorar a vida dos mais vulneráveis aumenta a possibilidade de que uma empresa seja lembrada posteriormente.

Empresas que estenderam as boas práticas também para os colaboradores

Devido às diversas orientações sobre a prevenção do covid-19, milhares de pessoas estão descobrindo um novo modelo de trabalho: o home office. Nas empresas em que ele é possível, foi a saída para manter os funcionários ativos e em segurança.

A Zenvia, plataforma de comunicação e serviços móveis, que realizou doação de computadores a instituições sem fins lucrativos e produtos a pequenas e médias empresas que estão passando pelo processo de transformação digital, não só aderiu ao home office para os seus colaboradores, como se comprometeu a não demitir durante a pandemia. “A Zenvia é uma empresa de cultura forte. Assim, aderir a movimentos como o #naodemita e garantir a qualidade de vida das pessoas, atualmente distribuídas por sete Estados brasileiros, são ações totalmente alinhadas aos nossos valores, que o colaborador e o mercado já conhecem”, conta a head de gestão de pessoas da empresa, Katiuscia Teixeira.

Para ela, as ações realizadas nos últimos meses têm aumentado o nível de engajamento e o orgulho das pessoas em fazer parte da empresa. “Recebemos feedback constante, além das publicações espontâneas feitas por colaboradores nas redes sociais, contando como é trabalhar aqui”.

A Ingredion também é um bom exemplo disso: nos departamentos onde não foi possível adotar o home office e os colaboradores tiveram de permanecer nas operações, concedeu um bônus financeiro, entregou máscaras, estabeleceu parceria com um laboratório para a realização de testes rápidos para aqueles que tivessem alguma suspeita da doença e ajustou o funcionamento dentro de suas unidades. A empresa, que já tinha a política do home office, está avaliando agora a ampliação do modelo de trabalho e a organização de uma retomada lenta e gradual, seguindo todos os protocolos de segurança e recomendações.

Por fim, a assessoria técnica da FecomercioSP reforça que um funcionário mais satisfeito tem o poder de impactar diretamente no aumento da produtividade da empresa, principalmente se ele tiver autonomia para a tomada de decisões, permitindo o seu crescimento profissional.

No entanto, com o cenário da pandemia, o aumento da produtividade dependerá muito do engajamento que o gestor proporcionará ao seu funcionário, fazendo com que esteja alinhado à visão da empresa. Com o intuito de melhorar a produtividade, os gestores podem apostar em recompensas diferenciadas para garantir que seus funcionários estejam mais dispostos e comprometidos com os objetivos da empresa. O feedback sobre as atividades do funcionário é fundamental para que a melhora dos processos ocorra, uma vez que uma das maiores recompensas é ter o fruto do trabalho reconhecido.

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Fonte Oficial: FecomercioSP

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