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Estado do Rio espera injeção de R$ 819 milhões com Dia dos Pais

O Dia dos Pais deverá injetar R$ 819 milhões na economia do estado do Rio de Janeiro, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com 533 consumidores fluminenses entre os dias 27 e 29 de julho passado. A expectativa é 35% inferior aos R$ 1,259 bilhão que movimentaram a economia fluminense na mesma data, no ano passado, informou hoje (4) à Agência Brasil o economista do IFec RJ Rafael Zanderer.

Ele lembrou, no entanto, que o número projetado é melhor do que o da Páscoa deste ano, que mostrou redução de 52% comparativamente à Páscoa de 2019, e melhor também que o Dia dos Namorados, que caiu 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2020, o Dia dos Pais ficará atrás apenas do Dia das Mães em movimentação econômica, quando foram injetados financeiramente no estado R$ 1 bilhão.

Zanderer disse que o Dia das Crianças, em outubro, pode ser pior também do que o de 2019, o mesmo acontecendo com o Natal; embora melhores do que as demais datas comemorativas que foram afetadas, a partir de março, pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o economista, a melhoria se deve à flexibilização das atividades, iniciada em junho, embora muitas pessoas ainda demonstrem medo de sair às ruas.

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Mais de 5,8 milhões de fluminenses pretendem presentear os pais no próximo dia 9, com gasto médio de R$ 139,42. O levantamento identificou também quais serão os presentes preferidos pelos consumidores. Em primeiro lugar, ficaram as roupas (53,5%); seguidas por perfumes e cosméticos (20,3%); calçados e acessórios (20,3%); livros e Ebooks (8,6%), smartphones (4,3%); joias e relógios (3,7%) e computadores e tablets (2,1%). Zanderer observou que o comércio de vestuário e calçados foi um dos segmentos mais afetados pela pandemia. “O caixa minguou muito”. Para ele, o fato de este ter sido o item mais mencionado pelos consumidores traz um alento especial para o segmento que mais sofreu com o isolamento social.

Pela pesquisa, 44,9% afirmaram que vão comprar os presentes em lojas físicas, 36,4% em lojas online e 18,7% nos dois tipos de comércio. A intenção de comprar em lojas virtuais é o triplo da registrada no mesmo período de 2019 (12,5%), revelou Zanderer. Por isso, ele assegurou que, embora o Dia dos Pais de 2020, vá ocorrer em meio ainda ao distanciamento social provocado pelo novo coronavírus, e ser menor economicamente que no ano passado, a data se apresenta como a de melhor recuperação em 2020.

E-commerce

A expectativa da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm) é de alta das vendas para o Dia dos Pais, com tíquete médio de R$ 373 e faturamento de R$ 3,15 bilhões, aumento de 23% sobre a mesma data de 2019. O número de pedidos deverá atingir 8,43 milhões. No início de 2020, a projeção era que a data geraria expansão de 18% nas vendas.

Os destaques são para os setores de informática, celulares, eletrônicos, artigos esportivos, moda e acessórios. Para a Synapcom, especialista na oferta de soluções full commerce (terceirzação de serviços), o incremento deverá ser de 95%, com destaque para as áreas de consumo, casa, tecnologia e moda. Para a Giuliana Flores, o desempenho pode ser de 20% a 150%, dependendo da reabertura ou não das atividades econômicas.

De acordo com a ABComm, os novos hábitos de consumo criados pelo distanciamento social transformaram as compras online em rotina no país, mesmo entre aqueles que não se aventuravam a comprar nos meios eletrônicos. A Chocolateria Brasileira criou um e-commerce em plena pandemia do coronavírus e espera crescimento de 10% nas vendas para a data dos pais.

O forte da rede de franquias são as datas comemorativas e, para alavancar a comercialização dos produtos desenvolveu um departamento exclusivo para receber pedidos via comércio eletrônico. Para garantir a entrega em tempo hábil fez parceria com os Correios e criou embalagens próprias para o transporte.

Confirmação

Pesquisa da Confederação Nacional de Diretores Lojistas (CNDL) em parceria com a empresa ‘ffer Wise, indica que o Dia dos Pais deve movimentar R$ 17,9 bilhões no varejo, no país, mostrando retração de 9 pontos percentuais em relação ao ano passado. Apesar da covid-19 ainda estar impactando negativamente a renda da população, que entrenta índices de desemprego elevados, 58% dos brasileiros disseram que pretendem presentear no Dia dos Pais este ano, o que significa que 91,2 milhões de consumidores devem ir às compras.

Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, a data é importante para o setor varejista, que teve empresas de diversos segmentos obrigadas a fechar as portas para evitar a disseminação da doença causada pelo novo coronavírus, o que afetou o faturamento, o emprego e o nível de renda. “O momento é o de reabertura do comércio em diversas cidades do país, e saber que boa parte da população pretende ir às compras traz alívio ao setor e ao processo de retomada econômica”, disse Costa.

A pesquisa revela que a maioria dos entrevistados espera gastar o mesmo valor que no último ano com os presentes (37%). Os que esperam gastar mais caíram de 26% na pesquisa de 2019 para 18% este ano, enquanto os que pretendem gastar menos subiram de 21% para 34%.

Internet

A pesquisa do CNDL confirmou que fatores como o fechamento de boa parte do comércio em todo o país, somado à insegurança de grande parte da população em retornar às lojas físicas, propiciaram incremento das compras pela internet: 39% dos consumidores farão compras pela internet, 24% em shopping centers e 16% em lojas de departamento. Entre os que pretendem realizar compras via e-commerce, 79% o farão via sites, 58% em aplicativos e 19% no Instagram.

O presidente da CNDL observou que os lojistas devem se adaptar à nova realidade trazida pela pandemia da covid-19, sem abrir mão da adoção de protocolos de segurança. “Mesmo aquele pequeno lojista que não tem e-commerce pode encontrar alternativas para atender os seus clientes, como divulgar nas redes sociais e fazer atendimento pelo WhatsApp. Ainda dá tempo do empresário buscar novos caminhos na internet, porque o consumidor quer comodidade e segurança’, afirmou.

Foram ouvidos pelo CNDL 1.006 pessoas de 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de todas as classes econômicas, entre os dias 9 e 15 de julho. Entre os que tinham intenção de compra, foram ouvidos em uma segunda etapa 610 consumidores.

Shopping centers

A Associação Brasileiras de Lojistas de Shopping (Alshop) fez também pesquisa para o Dia dos Pais no período de 27 de julho a 3 de agosto, com 5.200 consumidores. A expectativa é que as vendas cresçam 10% em relação a julho.

A pesquisa nacional revela que 81% dos entrevistados desejam ir às compras nestes dias que antecedem o Dia dos Pais, enquanto 19% afirmaram que não pretendem comprar nenhum presente. A maior parte dos consumidores (32%) disse que poderá gastar entre R$ 51 e R$ 100, diferentemente do que ocorreu em 2019, quando o tíquete médio pretendido era de R$ 160, e 14% manifestaram intenção de comprar presentes de R$ 101 a R$ 150; 14% entre R$ 151 e R$ 200; e 13% afirmaram que vão gastar acima de R$ 201.

Força da internet

O levantamento da Ashop mostrou que 46% dos entrevistados querem realizar suas compras do Dia dos Pais em plataformas online como aplicativos e e-commerce, 12% em lojas de rua e 19% em lojas de shopping.

“A pandemia do novo coronavírus acelerou o consumo online e as marcas que já se consolidaram em formato digital colheram bons frutos durante a crise e puderam comemorar por ter dado esse passo antes da chegada da pandemia”, afirmou o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Os produtos mais procurados serão roupas, apontadas por 44% dos consultados.

Fonte Oficial: Agência Brasil.

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