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Empresas encontram dificuldades de acesso a crédito no Brasil e na Espanha durante pandemia – FecomercioSP

Efeitos da pandemia nos negócios são bastante similares em ambos os países
(Arte/Tutu)

Um dos principais desafios para a sobrevivência das pequenas e médias empresas durante a pandemia de coronavírus, o acesso a crédito não tem sido um entrave apenas no Brasil. Na Espanha, onde o vírus se alastrou antes de chegar ao território brasileiro, o setor comercial, mesmo após o relaxamento das medidas de restrição às atividades presenciais, tem enfrentado dificuldades para obter recursos com as instituições financeiras.

O assunto foi debatido em um webinário internacional, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Espanha (CCBE) e pela Câmara de Comércio Brasil-Catalunha (CCBC), realizado na quinta-feira passada (4), no qual a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) participou pelo lado brasileiro.

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Os palestrantes relataram as medidas de restrição ao comércio e os pacotes emergenciais às empresas e aos trabalhadores disponibilizados em ambos os países, chegando à conclusão de que os governos agiram de maneiras semelhantes. Além disso, destacaram que a dificuldade para obter crédito é uma realidade tanto das empresas brasileiras como das espanholas.

O coordenador da Confederação Espanhola de Comércio (CEC), Julián Ruiz, resumiu a proposta formada por 21 medidas de recuperação do comércio apresentada ao governo espanhol. A pauta realça a necessidade de garantir liquidez às empresas. “O comércio está sofrendo as consequências nos primeiros meses da pandemia”, frisou Ruiz.

Ainda pelo lado espanhol, o presidente da Comertia, uma associação catalã de empresas varejistas, David Sanchéz, salientou que, sem uma política que faça o crédito chegar aos negócios, o país europeu estará “deixando para trás empresas que teriam condições de continuar”. Ainda pelo lado espanhol, o presidente da Comertia, uma associação catalã de empresas varejistas, David Sanchéz, salientou que, sem uma política que faça o crédito chegar aos negócios, o país europeu estará “deixando para trás empresas que teriam condições de continuar”.

Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, recapitulou as ações tomadas no Brasil para socorrer empresas e empregados e as mudanças de comportamento estimuladas pela pandemia, como o incentivo ao delivery e o crescimento do e-commerce. Pina também relatou que a Entidade entregou à Prefeitura de São Paulo protocolos para reabertura com segurança dos estabelecimentos comerciais e de serviços.

“O problema está na liquidez, fazer o crédito chegar na ponta”, contou Pina sobre a situação das empresas no Brasil. “O que falta é entender como fazer uma persuasão moral nos bancos para eles emprestarem, como lhes dar segurança para adotar uma postura emergencial”, complementou.

Negócios

Sobre a relação comercial entre Brasil e Espanha, Jean-Claude Silberfeld, consultor da Fecomercio Internacional – braço da Entidade que articula negócios entre empresas brasileiras e parceiros estrangeiros –, disse que a presença de empresas espanholas no País é pequena, de modo que os brasileiros conhecem poucas marcas da nação europeia.

Silberfeld também rememorou que em 1996 ocorreu, em São Paulo, a feira de empresas espanholas Expotecnia e, desde então, nada mais com essa envergadura foi realizado. “O consumidor brasileiro tem pouca identificação com produtos espanhóis. E haverá grandes oportunidades no pós-pandemia em função da ociosidade nos mercados comerciais”, indicou o consultor da Fecomercio Internacional.

 

Fonte Oficial: FecomercioSP

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