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Antecipação do 13º deve atenuar ambiente para o comércio paulista, mas não vai impedir queda nas vendas, diz FecomercioSP – FecomercioSP

Avanço do número de pessoas infectadas com o coronavírus resultará em uma inevitável desaceleração das vendas em maio em São Paulo
(Arte: TUTU)

O governo anunciou a antecipação do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas, que começam a receber entre o fim de abril e o início de maio. Normalmente, esse pagamento seria feito apenas em agosto. Segundo estimativas das autoridades econômicas, o valor a ser antecipado deve ser em torno de R$ 23 bilhões. Aproximadamente R$ 5,4 bilhões devem ser pagos apenas a residentes no Estado de São Paulo. 

Com essa medida, a equipe econômica do governo quer dar melhores condições a uma parcela da população mais exposta aos riscos do coronavírus, pessoas que terão que recorrer a mais cuidados terapêuticos e preventivos. Isso tende a demandar mais gastos com ações profiláticas (de prevenção) e com remédios. 

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Além do aspecto humanitário que essa injeção trará, também terá o efeito de atenuar a queda já esperada para o movimento das vendas e no consumo, explica a Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). A Federação entende que, inicialmente, a antecipação desse volume de recursos tem relevância sobretudo no consumo, já que normalmente o montante da primeira parcela do benefício corresponde a quase 12% do faturamento médio mensal do comércio brasileiro. 

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Economia paulista 

De qualquer forma, mesmo com esse fôlego a mais na economia, todas as projeções feitas pela equipe econômica da FecomercioSP para o Estado de São Paulo identificam que o avanço do número de pessoas infectadas com o coronavírus resultará em uma inevitável desaceleração das vendas em maio. Por isso, essa injeção tende a funcionar mais como um atenuante da queda, não como um impeditivo. É importante entender a dinâmica da circulação que esse montante pode ter no Estado.

A FecomercioSP fez uma projeção de como esse acréscimo antecipado na renda de aposentados e pensionistas paulistas pode beneficiar o comércio. Para a Entidade, em princípio, 60% (R$ 3,24 bilhões) serão destinados ao consumo, e 40% (R$ 2,16 bilhões), a outros fins – como pagamento de dívidas. Além disso, o consumo se concentrará majoritariamente em remédios, artigos de higiene e limpeza e artigos de cama, mesa e banho. 

Nesse cenário, as estimativas apresentam um quadro com nítida vantagem de vendas para os segmentos de farmácias e perfumarias, lojas de vestuário e supermercados nas três áreas projetadas (Estado, capital e região de Sorocaba). Em todo o Estado, especificamente, o segmento de farmácias tende a mostrar uma expansão de quase 10% acima do resultado de maio do ano passado. 

A tabela a seguir apresenta os resultados de faturamento esperados para maio de 2020 em comparação às vendas do mesmo mês de 2019. A tendência é negativa em todas as esferas avaliadas (Estado, capital e região de Sorocaba). Mas sem esse adicional anticíclico de renda para os aposentados, aponta a Entidade, os índices de queda seriam maiores.

Como o avanço do coronavírus vai afetar o ambiente de trabalho?

Esse é outro aspecto muito importante que demanda atenção total dos empresários. Em um cenário de agravamento da crise, é certo que os consumidores permanecerão a maior parte de seu tempo em casa e se resguardando do contágio. Isso terá impacto direto na rotina das grandes, médias e pequenas empresas, que devem ser afetadas de diferentes formas. 

Contudo, essa crise não significa que as regras trabalhistas estão suspensas.

Webinário “O coronavírus e as regras trabalhistas: o que você pode fazer na sua empresa?”

Diante da situação de emergência em saúde pública no Brasil em decorrência do coronavírus, é importante que as empresas estejam atentas às condições excepcionais que isso trará para o ambiente de trabalho. A FecomercioSP realizará um webinário nesta quinta-feira (19), às 14h, com especialistas nas questões trabalhistas, explicando quais regras devem ser observadas neste momento, as ações que as empresas podem tomar para evitar o crescimento da pandemia, como manter a operação dos negócios durante a crise e medidas trabalhistas mais assertivas para a saúde dos funcionários, como home office, afastamentos, quarentena, férias individuais ou coletivas, entre outros. Inscreva-se e tire todas as suas dúvidas com nossos especialistas.

 

Fonte Oficial: FecomercioSP

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