Shopping centers devem sofrer uma redução sensível do fluxo de pessoas
(Arte/Tutu)
Recomendações gerais da Organização Mundial de Saúde (OMS) para tentar minimizar a proliferação do coronavírus – essenciais para combater o problema de saúde global – vêm causando impactos no mercado financeiro e afetando diretamente a economia de diversos países. No Brasil, a situação não é diferente. A diminuição da circulação de pessoas em centros comerciais e a restrição a viagens afetam empresas de diversos setores e portes.
A pandemia tem gerado um sentimento de receio e conservadorismo entre consumidores e empresários em meio à incerteza do que virá pela frente na economia, principalmente nas atividades do comércio. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que a expectativa de perda de controle não se mostre como um cenário provável, mas, pelo menos no curto prazo, as incertezas vão crescer.
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As grandes empresas podem se deparar com a perda sensível das demandas, em especial no caso de companhias aéreas. De acordo com a assessoria econômica da Entidade, o setor prevê muitas mudanças, sendo o maior efeito provável do segmento um aumento do grau de concentração, com muitas fusões e aquisições ao longo dos próximos meses.
Os shopping centers também devem sofrer os impactos nos próximos dias, com redução sensível do fluxo de pessoas. Além das restrições locais indicadas pelo Poder Público, haverá também a redução voluntária das atividades externas ao domicílio. As plataformas digitais e os serviços que ligam pessoas ao consumo, entretanto, não devem ser impactadas por ora e devem ser responsáveis por suprir parte da demanda das empresas.
Ações
Por disporem de mais capacidade financeira, a dica principal é que as grandes companhias montem uma equipe de emergência e elaborem um plano para a eventual falta de funcionários.
Neste momento, também são fundamentais ações como avaliar as políticas em relação aos eventuais cancelamentos de atividades como viagens e eventos, definir alternativas para uma possível falta de fornecedores envolvidos nas atividades e adotar protocolos de segurança para home office.
Em setores mais prejudicados pela possível falta de produtos, como eletrônicos e bens importados – principalmente da China –, é importante estabelecer um canal eficaz para conceder respostas e minimizar as perdas.
Além disso, com maiores capacidades de estoque e de caixa, as grandes empresas conseguem se proteger mais nas crises. Se houver uma corrida a supermercados e farmácias, os centros de distribuição podem ser acionados para reabastecer as unidades rapidamente. Se a crise perdurar, porém, essas empresas podem sofrer com atrasos de fornecedores e de importações.
Com o aumento da demanda, os setores de produtos básicos devem dar fôlego ao funcionamento dos negócios nos próximos meses, cobrindo custos operacionais e possíveis investimentos quando o cenário voltar à normalidade. Setores de bens duráveis e mais caros (veículos, eletrodomésticos e turismo, entre outros) serão mais impactados e podem enfrentar dificuldades na retomada, dada a expectativa de que a demanda volte de forma gradual.
Fonte Oficial: FecomercioSP