A cúpula de chefes de Estado e de Governo terminou sem unanimidade sobre o Pacto Verde Europeu. O objetivo inicial da Comissão Europeia era alcançar a neutralidade carbônica em 2050, ou seja, os países do bloco se comprometeriam a emitir apenas a quantidade de dióxido de carbono que conseguem absorver.
Dos 27 países, 26 aprovaram a proposta e a Polônia ficou de fora do acordo. O posicionamento polaco não bloqueia as negociações, apenas demonstra que o país não quis garantir que atingiria a meta. A decisão da Polônia deve voltar a ser discutida na Cúpula Europeia marcada para junho de 2020.
O primeiro-ministro português, Antonio Costa, disse que ficou 90% satisfeito com as conclusões do encontro. “Portugal, que tinha sido o primeiro país do mundo a assumir esse compromisso, hoje está bastante bem acompanhado no seio da UE”, afirmou na saída da reunião de líderes europeus que durou nove horas. Para Costa, o posicionamento da Polônia deve ser revisto em junho, quando autoridades polacas vão avaliar “e esse país já está em condições de assumir esse compromisso”.
A ministra do Ambiente da Espanha, Teresa Ribera, alertou que as nações participantes andam em diferentes velocidades. Segundo ela, enquanto alguns países querem acelerar e aumentar a ambição das metas, outros não querem sair do que já se debate há quatro anos, quando foi assinado o acordo de Paris.
Durante uma das suas intervenções no plenário da COP25, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que cabe aos países mais poluentes tomar a dianteira, cumprir e reforçar os seus compromissos para limitar o aquecimento global até ao fim do século a 1,5 graus acima do que se verificava na era pré-industrial.
Guterres usou ainda sua conta na rede social Twitter para desafiar os países a transmitirem “mensagens ambiciosas” alinhando os objetivos climáticos e pediu “espírito de compromisso” para uma “conclusão satisfatória” dos regulamentos do Acordo de Paris.
Edição: Carolina Gonçalves
Fonte Oficial: Agência Brasil.