A venda de veículos no país caiu 0,3% em agosto na comparação com julho, passando de 243,6 mil unidades para 243,0 mil. Na comparação com agosto do ano passado, quando foram vendidas 248,6 mil unidades, também houve queda de 2,3%. Já no acumulado do ano, foi registrada elevação de 9,9%, com 1,79 milhão de veículos comercializados. Os dados foram divulgados, hoje (5), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que atribui a queda do mês ao número de dias úteis.
Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, as vendas devem crescer cerca de 11% no ano, tendo em vista o acumulado registrado. Segundo ele, normalmente o segundo semestre sempre é um período melhor do que o primeiro e neste ano vem aliado a outros fatores.
“A redução da taxa Selic está vindo para os financiamentos, o CDC, que é a principal ferramenta de financiamento, está com uma taxa de 20% ao ano, e os bancos estão com apetite de oferecer mais crédito e a inadimplência está sob controle. Não vai ser um grande crescimento, mas será melhor do que o primeiro semestre”, disse.
Exportação
A exportação de veículos montados caiu 12,8% de julho para agosto. No oitavo mês do ano, foram comercializados 36,7 mil unidades enquanto em julho foram 42,1 mil. Na comparação com agosto do ano passado, a queda foi de 34,6%, e no acumulado do ano a retração foi de 37,9%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
“Estamos preocupados com esses números desde o começo do ano. Nós temos informado que a dependência do mercado argentino no nosso setor é muito alta, com 70% da nossa exportação sendo para a Argentina, que está passando por uma crise desde o começo do ano, tem uma eleição agora, um momento delicado. Eles realmente são um desafio para o setor e nós não vemos, no curto prazo, uma solução que possa ter um impacto positivo para nós”, disse Moraes.
Produção
Segundo a Anfavea, a produção de veículos em agosto foi de 269,8 mil unidades, 1,1% a mais do que em julho, de 267 mil. Já na comparação com agosto do ano passado, houve queda de 7,3%. No acumulado do ano, a produção cresceu 2%.
“Não devemos ajustar a produção diante do cenário da Argentina porque ela (produção) já vem sendo ajustada desde o início do ano de acordo com cada planta. Cada montadora está fazendo seu ajuste de acordo com seu produto, seu volume”, disse.
Edição: Fernando Fraga
Fonte Oficial: Agência Brasil.